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Audio tourROTA 7. Uma caminhada através das devoções

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  1. Audio tour Summary
  2. Audio tour Summary

    A espiritualidade e a tradição permanecem intactas, em sintonia com as diferentes liturgias da passagem do tempo, em perfeita harmonia com o ambiente natural, o que deu origem ao milagre económico e cultural do prado, uma terra onde a devoção, a festividade e a onomástica são nomeadas no feminino virginal da Guia Mãe, Lua, Piedrasantas, Peña ou Vereda, como nos versos e no universo de Juana Castro. A extensão dos seus cultos tem uma das suas maiores expressões devocionais nos numerosos altares e camarins, guardiões de requintados bordados em "fio dourado", mantos delicados e ourivesaria excepcional, coroas e varinhas de prata, estas últimas um legado da riqueza e exploração das suas minas, que atingiram o seu auge no período ibérico-romano.

    Caminhar pelos templos e ruas, os eremitérios e caminhos do Vale de Los Pedroches é entrar numa viagem às origens da espiritualidade popular, às tradições e ritos, ao reinado das Virgens Andaluzas que, como a palavra de Juana Castro, nos leva de volta à mãe terra, à feminilidade e fertilidade primordiais, ao despertar da primavera e suas festividades, à vida desde a génese da memória sagrada no final. Trata-se de redescobrir a Mesopotâmica Inanna a Maria Santíssima, dos cultos ancestrais a Deus, que em tempos foi mulher, quando a gestação e a vinda à vida eram entendidas como um prodígio exclusivamente feminino.

    No início
    Só Ela existia.
    Humedecida e doce, branca,
    ela amava-se na sombra
    saliva das algas,
    nos seios vedados das trufas,
    nos púbicos moles dos melros. [...]
    !Glória e louvor a Ela,
    ao seu ventre vivo de pistilos,
    à sua orquídea feros e à sua cintura! (1)

    Este passeio faz parte de um Percurso Emocional com Juana Castro através de Los Pedroches, que pretende mergulhar-nos nas paisagens rurais e sentimentais do paraíso onírico que inspira a prolífica produção literária desta poetisa, académica, colunista, crítica literária e professora de várias gerações de escritores contemporâneos.

    Nascida em Villanueva de Córdoba (Los Pedroches, 1945), Juana Castro foi pioneira na reivindicação do feminino no mundo rural e na história, a partir de uma terra - a sua - em que a devoção, a festividade e a vida quotidiana assumem a forma de mulheres.

    A sua voz, invulgar e romântica, forma um singular inverso poético que nos chega endossado por inúmeros títulos, prémios literários e reconhecimento, desde a sua primeira colecção de poemas Cóncava mujer (1978) até Antes que el tiempo fuera (2018). Foi distinguida, entre outros, com a Medalha da Andaluzia (2007) ou com o Prémio da Crítica Nacional (2010).

     

    (1) Castro Muñoz, Juana. Inanna. 'En Narcisia'. 1986.

     

    Textos espanhol: Matilde Cabello

    Tradução: Sérgio Sampaio de Carvalho

    Locução: Carlos Flores

    Fotos fornecidas por: 

    ·   Ayuntamiento de Alcaracejos

    ·   Ayuntamiento de Añora

    ·   Ayuntamiento de Belalcázar

    ·   Ayuntamiento de El Viso

    ·   Ayuntamiento de Hinojosa del Duque

    ·   Ayuntamiento de Pedroche

    ·   Ayuntamiento de Pozoblanco

    ·   Ayuntamiento de Villanueva de Córdoba

    ·   Ayuntamiento de Villanueva del Duque

    ·   CIET Los Pedroches

    ·   Mancomunidad de Los Pedroches

    ·   Parque Natural Sierra de Cardeña y Montoro 

    ·   Patronato de Turismo de Córdoba

  3. 1 Paragem 1. A pradaria de Jara
  4. 2 Paragem 2. Padroeira de quatro aldeias e Guía
  5. 3 Paragem 3. O Espírito do Vale
  6. 4 Paragem 4. São Sebastião e o culto do fogo
  1. Audio tour Summary

    A espiritualidade e a tradição permanecem intactas, em sintonia com as diferentes liturgias da passagem do tempo, em perfeita harmonia com o ambiente natural, o que deu origem ao milagre económico e cultural do prado, uma terra onde a devoção, a festividade e a onomástica são nomeadas no feminino virginal da Guia Mãe, Lua, Piedrasantas, Peña ou Vereda, como nos versos e no universo de Juana Castro. A extensão dos seus cultos tem uma das suas maiores expressões devocionais nos numerosos altares e camarins, guardiões de requintados bordados em "fio dourado", mantos delicados e ourivesaria excepcional, coroas e varinhas de prata, estas últimas um legado da riqueza e exploração das suas minas, que atingiram o seu auge no período ibérico-romano.

    Caminhar pelos templos e ruas, os eremitérios e caminhos do Vale de Los Pedroches é entrar numa viagem às origens da espiritualidade popular, às tradições e ritos, ao reinado das Virgens Andaluzas que, como a palavra de Juana Castro, nos leva de volta à mãe terra, à feminilidade e fertilidade primordiais, ao despertar da primavera e suas festividades, à vida desde a génese da memória sagrada no final. Trata-se de redescobrir a Mesopotâmica Inanna a Maria Santíssima, dos cultos ancestrais a Deus, que em tempos foi mulher, quando a gestação e a vinda à vida eram entendidas como um prodígio exclusivamente feminino.

    No início
    Só Ela existia.
    Humedecida e doce, branca,
    ela amava-se na sombra
    saliva das algas,
    nos seios vedados das trufas,
    nos púbicos moles dos melros. [...]
    !Glória e louvor a Ela,
    ao seu ventre vivo de pistilos,
    à sua orquídea feros e à sua cintura! (1)

    Este passeio faz parte de um Percurso Emocional com Juana Castro através de Los Pedroches, que pretende mergulhar-nos nas paisagens rurais e sentimentais do paraíso onírico que inspira a prolífica produção literária desta poetisa, académica, colunista, crítica literária e professora de várias gerações de escritores contemporâneos.

    Nascida em Villanueva de Córdoba (Los Pedroches, 1945), Juana Castro foi pioneira na reivindicação do feminino no mundo rural e na história, a partir de uma terra - a sua - em que a devoção, a festividade e a vida quotidiana assumem a forma de mulheres.

    A sua voz, invulgar e romântica, forma um singular inverso poético que nos chega endossado por inúmeros títulos, prémios literários e reconhecimento, desde a sua primeira colecção de poemas Cóncava mujer (1978) até Antes que el tiempo fuera (2018). Foi distinguida, entre outros, com a Medalha da Andaluzia (2007) ou com o Prémio da Crítica Nacional (2010).

     

    (1) Castro Muñoz, Juana. Inanna. 'En Narcisia'. 1986.

     

    Textos espanhol: Matilde Cabello

    Tradução: Sérgio Sampaio de Carvalho

    Locução: Carlos Flores

    Fotos fornecidas por: 

    ·   Ayuntamiento de Alcaracejos

    ·   Ayuntamiento de Añora

    ·   Ayuntamiento de Belalcázar

    ·   Ayuntamiento de El Viso

    ·   Ayuntamiento de Hinojosa del Duque

    ·   Ayuntamiento de Pedroche

    ·   Ayuntamiento de Pozoblanco

    ·   Ayuntamiento de Villanueva de Córdoba

    ·   Ayuntamiento de Villanueva del Duque

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    ·   Mancomunidad de Los Pedroches

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